quinta-feira, 16 de maio de 2013




A espera do tempo


O envelhecido relógio da parede
Soa no vazio dessa sala monótona
Sua melodia de duas notas
Marcando infinitamente
O tempo que tua ausência entoa
Compartilhando em doses lentas
Segundos, minutos e horas
A solidão agora sentida
Guiada pelo giro dos ponteiros
Em suas voltas que não se findam
Fazendo companhia ao pobre moço
Nessa tardança incansável
Da sua metade que não fora prometida
E as batidas vindas de dentro
Unem-se as badaladas constantes e certas
Dessa tão esperada chegada incerta.


Adjael Costa
16/05/2013

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